terça-feira, 31 de março de 2009


As vezes eu exagero na melodia triste do dia...

Hoje eu não queria, nem podia ter ficado só...

Precisei de alguém que me protegesse de mim mesma.

quarta-feira, 25 de março de 2009


Olha, eu amo os dias cinzas, amo domingos melancólicos, amo tardes chuvosas e frio, desse frio que assobia.
Gosto de estar no sofá naquele dia escuro e ver o vento entrar violento pela janela, balançando a cortina e fazendo barulho naqueles penduricalhos, os mensageiros do vento.
Gosto de sentir o cheiro dos primeiros pingos de chuva, o jeito como, delicados, escorrem pelo vidro.
Gosto do arrepio que o frio causa à pele, de seu toque suavemente intenso.
Amo a música triste desse dia, a cor pálida, quase ausente. Gosto de sentir a falta de quem falta. Aquele quase silêncio, aquele aperto manso no peito, a saudade.
É quase uma terapia ver o balançar das árvores, aquela dança sensual que todas fazem enquanto se entregam à ventania, e aquele murmúrio lento das folhas, quase um mantra.
Eu adoraria que o inverno fosse pra sempre. Inverno de estado de alma. Hibernar jamais...

quinta-feira, 5 de março de 2009





Abraço apertado, sussuros, vinho, lua cheia ou chuva forte, frio lá fora e o calor por dentro, vontades, confissões, suor, saliva, pele, cabelo, beijos intermináveis, corpos colados, gemidos preenchendo a madrugada, rosas vermelhas, perfume, velas, chamas, lareira, lábios, língua, pescoço, mãos e arrepios, desejos, mordidas, arranhões, olhares, toque; ora suave ora rude, rígido, rítimo, sensualidade, delírio, perda do fôlego, perda do controle, êxtase... dor e prazer!



Andar de mãos dadas, ver o mar, o pôr-do-sol, sentir a brisa, deitar no colo, fazer e receber cafuné, abraço apertado, juras de amor inesgotáveis, planos e sonhos, beijo na chuva ou de baixo do guarda-chuva, ouvir músicas, "gostar de ver você sorrir, gastar das horas pra te ver dormir", dançar na rua, rir alto, olhar para o céu, roubar beijo, fazer cara de inocente, chorar junto, olhar nos olhos, gostar do cheiro, gostar do sabor, fazer cosquinhas, comer chocolate juntos, assistir filmes românticos, ser confidente, ser cúmplice, ser "nós" ... Pensar no futuro, sentir medo, mandar cartas perfumadas, flores, caixas de bombom em formato de coração ... Ter medo de perder... ser para sempre!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ah! Não faz essa cara de valentia, você não tem toda essa força... e sabe disso.
Diz com a voz cheia de arrogância que é dona da própria vida, que não deve satisfação à ninguém, mas se virarmos as costas, quem te ampara? Quem te segura? Quem te ama?
O mundo só parece grande, no fim das contas, ele não muda nossa vida pequenininha.
Lamento não entender as suas lágrimas, lamento não entender esse seu abafo no peito, esse seu nó na garganta. O que eu sei é que eles são o seu passado aí, no presente.
Deveria ser o contrário, eu sempre achei que era você que deveria se preocupar comigo, sei lá... Porque quando eu te ligo você se esquece de perguntar como eu estou e vai logo dizendo: esqueceu-se de mim, não é?!!! E, sabe?! Eu não me esqueço de você não, em nenhum momento, mas às vezes nem isso eu consigo lhe dizer.
Que dia você vai parar para me ouvir? Que dia você vai fingir que se interessa pela minha vida, não digo isso de "Você tem que arranjar um marido rico" ou "Tem que escolher uma profissão que dê dinheiro"... ahhhh... podia perguntar de vez enquando: "Como andam as peripércias de sua vida?". Eu ia me animar em responder!
Isso não é uma cobrança. Até porque, mesmo que fosse, não faria diferença alguma, porque você não muda, nunca.
Eu sinto falta do que você poderia ter sido para mim.
Sinto falta da diferença que você poderia ter feito.
Sinto falta.