quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sem tempo pra isso...

Enquanto escrevo, milhares e milhares de pessoas se movem pelas ruas, algumas sem rumo, outras nem tanto. Elas não são capazes de ver uma as outras, elas não são capazes de sentir uma as outras, elas não querem nem saber uma das outras. Seguem, vagarosamente, pensando em seus filhos, seus pais, seus empregos chatos e nas contas do fim do mês. Outras, seguem rápido demais, e igualmente, não são capazes de ver, sentir, e nem querem saber uma das outras. Essas seguem pensando, no jantar, no vencimento do cartão de crédito, em seus empregos chatos e, às vezes, em seus filhos.
Enquanto escrevo, têm bebês nascendo, crianças chorando, gente morrendo e gente matando...
E o mundo lá fora parece uma maquina velha, suja e barulhenta.
E o mundo lá fora não parece ser o meu mundo.
E as pessoas lá fora não parecem ser do meu mundo.
De qualquer forma, tudo lá fora anda ocupado demais pra notar a menina sentada na janela mais alta do prédio, talvez, um ou outro que passar por ali, note quando ela estiver caída no chão sujo do mundo barulhento...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eles vão notar!

Quando não houver mais o que notar...

E tudo vai ser em vão, assim como foi no passado.

Seu mundo é o caos!